O SoundCloud acaba de assinar um acordo de licenças com a Sony Music. Dessa forma, o serviço de streaming de músicas ganha acesso aos três principais selos da SM, os quais abrigam artistas como Beyoncé, The Weekend, Future, Bruce Springsteen, Foo Fighters, Miguel, Justin Timberlake e Calvin Harris - pavimentando o que pode ser um caminho rumo à adoção de um modelo de negócios baseado em pagamentos mensais.
Em contrapartida, o selo da Sony ganha equivalência patrimonial - ajuste contábil realizado a fim de determinar o valor dos investimentos de uma companhia em outras empresas, realizado por meio de atualização do valor contábil ao valor equivalente à participação societária de uma empresa.
Segundo o burburinho predominantemente instalado internet afora, o SoundCloud deve lançar um plano baseado em assinaturas antes do final do ano - enquanto que algumas fontes anônimas próximas garantem que os acordos firmados com grandes produtoras permitiria, de fato, a instalação de um serviço on-demand similar ao Apple Music ou ao Spotify.
Warner, Universal e Merlin
A parceria firmada com a Sony Music é a última de uma lista de acordos levados a cabo pelo SoundCloud. Atualmente, o streaming de músicas já tem também à disposição os conteúdos da Warner Music Group, da Universal Music e também da rede de selos independentes Merlin.
Entretanto, é inegável que o termo buscado com a Sony Music foi um tanto mais desafiador. Afinal, o estúdio havia removido suas músicas do streaming no ano passado, supostamente por conta de um descontentamento com "a falta de oportunidades de monetização", conforme colocou o site Billboard.
E os 175 milhões de usuários?
Naturalmente, a "benção" dos maiores selos de música da atualidade apenas pode ser positivo para a inauguração de um modelo baseado em assinaturas. Entretanto, resta ainda ao SoundCloud um desafio bastante delicado: o que fazer com a base instalada de 175 milhões de usuários ativos - todos devidamente acostumados à utilização gratuita do streaming?
Seja como for, a coisa parece ser menos decisão estratégica do que necessidade premente. Conforme afirmou uma fonte próxima ao site The Verge, "eles precisam fazer isso funcionar para que o SoundCloud possa mesmo ter um futuro em longo prazo".
US$ 10 ou menos
Inicialmente, discutia-se que a taxa cobrada por um possível serviço pago do SoundCloud deveria ficar nos US$ 10 mensais, embora um serviço intermediário de valor mais baixo não tenha sido excluído - ambos com lançamento previsto para algum momento antes do final de 2016.
Seja como for, não é difícil apostar em certa vantagem para o canal de distribuição berlinense. Afinal, os grandes artistas dos principais selos teriam ainda o reforço de todo o enorme mostruário de músicas já presente - o que certamente pode destacá-lo de outros serviços pagos de streaming.
Até o momento, entretanto, tanto a Sony Music quanto o SoundCloud se mantêm reticentes quanto ao futuro - e mesmo em relação aos termos do próprio acordo.
CanalTech: SoundCloud firma acordo de licenças com a Sony Music.
EM 2015
Sony Music encerra parceria com Soundcloud
Como já vemos há vários meses o SoundCloud está provando diferentes possibilidades de negócios. Um deles é um programa chamado On SoundCloud onde a renda gerada pela publicidade distribui benefícios entre os diferentes agentes do mundo da música. A Warner Music já se juntou ao plano da plataforma, por exemplo. E ontem foi confirmado um acordo com a National Publishers Music Association.
No entanto, nem todos estão em total sintonia com o SoundCloud. A algumas horas atrás foi publicada a notícia de que a Sony Music havia retirado seu catálogo da plataforma Alemã. O motivo não é outro senão a baixa rentabilidade que vê nela. A Billboard, que ecoou a notícia ainda não conseguiu falar com os representantes da discográfica, mas declarou através do seu porta-voz do serviço digital que seguiram em contato tanto com multinacionais quanto os selos independentes.
Billboard