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Empresas de software arrebatam capital de risco

O segmento dominou a angariação de investimento, quanto este atinge os registos mais elevados desde 2000.

As sociedades de capital de risco estão a investir mais dinheiro em empresas privadas do que em qualquer momento desde que estouro a "bolha das dotcom", nos mercados financeiros. As produtoras de software estão a angariar a maior parte do investimento nos EUA.

Durante o terceiro trimestre de 2015, o setor do software registou o mais alto grau de financiamento de todas as indústrias naquele país, obtendo 5,8 bilhões em 412 negócios, de acordo com o último MoneyTree Report.

As capitais de risco também investiram cinco mil milhões em 242 daquelas que o relatório denomina como empresas "específicas da Internet".

São organizações com modelos de negócio fundamentalmente dependentes da Internet, de acordo com o estudo publicado pela PriceWaterhouseCoopers (PwC) e pela National Venture Capital Association, com base em dados fornecidos pela Thomson Reuters.

Na área de software, as empresas com modelos de negócio orientados a redes sociais e software como um serviço (SaaS, sigla em inglês) parecem ser as mais atractivas.

"Vemos muitos modelos de SaaS por não exigirem capital ou recursos humanos intensivamente, por terem um fluxo de receitas recorrentes e, depois de as pessoas estarem a usar o produto, continuarão a usá-lo, espera-se", explica Tom Ciccolella, analista líder da PwC para o mercado de capitais de risco dos EUA.

As 10 melhores ofertas de capital de risco no terceiro trimestre incluem:

‒ O investimento de 450 milhões de dólares na empresa de análise de dados Palantir Technologies;
‒ Um contrato de 251 milhões de dólares no site GitHub;
‒ A injeção de 150 milhões de dólares na Medallia, fornecedor de software de gestão de experiência do cliente;
‒ A angariação de 225 milhões de dólares pela Avidxchange, empresa de serviços de TI especializada em tecnologia de meios de pagamento.

Os 47,2 bilhões de dólares investidos em todas as categorias empresariais nos três primeiros trimestres de 2015 é maior do que os totais anuais de 17 dos últimos 20 anos. No terceiro trimestre, o valor era de 16,3 bilhões.

É um número 5% menor do que no segundo trimestre mas, mesmo assim, o mercado de capital de risco está a caminho de ser maior do que em qualquer ano desde 2000, quando se iniciou a depreciação das chamadas empresas "dotcom".

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